quinta-feira, 1 de março de 2012

Quanto você merece ganhar?

Se o sol brilha mesmo em dia de neve, podemos vencer, se quisermos
Em janeiro de 2012 completou 27 anos que colei grau como bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Percebo que neste tempo inteiro algo não mudou: a escolha da maioria dos jornalistas profissionais de viverem na ilusão do status, do falso glamour de ser jornalista.

Quando trabalhava na Tribuna da Bahia, na Editoria de Domingo, durante uma reunião da equipe o editor, Grant Mariano (por onde ele anda não sei), ao dar um puxão de orelha nas repórteres, principalmente nas mais novas, provocou: " Vocês vão querer viver a vida inteira na casa dos seus pais ou vocês querem ter seu apartamento, seu carro, sua vida independente? A decisão é de vocês. Se quiserem mudar, tem que ter atitude". Lembro que algumas choraram.


Muitos jornalistas da ativa estão perto da aposentadoria e nem tem casa própria. Muitos estão iniciando a carreira e também nada tem. Se nos tiraram o diploma,  em 2009, a culpa foi nossa. Se temos salários miseráveis, a culpa é nossa. Temos que fazer nossa escolha. Se nos desiludimos com a profissão, temos que mudar. Não é este o meu caso. Amo o que faço. Mas respeito é algo que temos que impor. 

Quanto aos que querem exercer a profissão de jornalista por força do decreto, que tenha um pouco mais de coragem e faça o curso superior de Jornalismo. Minha profissão, muito mais que outras, entre elas o Direito, tem técnica, sim. Liberdade de expressão é outra coisa.

O nosso diploma foi cassado com o argumento de ampliar o direito à liberdade de expressão. Mas, de lá pra cá nada mudou no acesso aos veículos de comunicação. Ou seja, o fim do diploma, tão cobrado pelos donos das redes de comunicação tinha um único objetivo: aumentar o lucro a partir da contratação da mão de obra barata. E olhe que a nossa não é cara.

Jornalismo ou outra profissão, enfim, tem que ser exercido com amor, com vocação, com tesão, com ética e com responsabilidade. Mas também com remuneração condizente com a responsabilidade de cada um. Mas nenhum patrão vai lhe pagar mais do que você acha que merece ganhar. 


Você acha que ganha o que merece? Se não, o que faz para mudar esse quadro?

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