Se o sol brilha mesmo em dia de neve, podemos vencer, se quisermos |
Quando
trabalhava na Tribuna da Bahia, na Editoria de Domingo, durante uma
reunião da equipe o editor, Grant Mariano (por onde ele anda não sei),
ao dar um puxão de orelha nas repórteres, principalmente nas mais novas,
provocou: " Vocês vão querer viver a vida inteira na casa dos seus pais
ou vocês querem ter seu apartamento, seu carro, sua vida independente? A
decisão é de vocês. Se quiserem mudar, tem que ter atitude". Lembro que
algumas choraram.
Muitos
jornalistas da ativa estão perto da aposentadoria e nem tem casa
própria. Muitos estão iniciando a carreira e também nada tem. Se nos
tiraram o diploma, em 2009, a culpa foi nossa. Se temos salários
miseráveis, a culpa é nossa. Temos que fazer nossa escolha. Se nos
desiludimos com a profissão, temos que mudar. Não é este o meu caso. Amo
o que faço. Mas respeito é algo que temos que impor.
Quanto
aos que querem exercer a profissão de jornalista por força do decreto,
que tenha um pouco mais de coragem e faça o curso superior de
Jornalismo. Minha profissão, muito mais que outras, entre elas o
Direito, tem técnica, sim. Liberdade de expressão é outra coisa.
O
nosso diploma foi cassado com o argumento de ampliar o direito à
liberdade de expressão. Mas, de lá pra cá nada mudou no acesso aos
veículos de comunicação. Ou seja, o fim do diploma, tão cobrado pelos
donos das redes de comunicação tinha um único objetivo: aumentar o lucro a
partir da contratação da mão de obra barata. E olhe que a nossa não é
cara.
Jornalismo
ou outra profissão, enfim, tem que ser exercido com amor, com vocação,
com tesão, com ética e com responsabilidade. Mas também com remuneração
condizente com a responsabilidade de cada um. Mas nenhum patrão vai lhe
pagar mais do que você acha que merece ganhar.
Você acha que ganha o que merece? Se não, o que faz para mudar esse quadro?
Você acha que ganha o que merece? Se não, o que faz para mudar esse quadro?
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