quinta-feira, 18 de julho de 2013

Como atingir o coração do seu público alvo?


 
“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.”

 Esta frase de Nelson Mandela, que neste dia 18 de julho completou 95 anos – a maioria deles na luta pela liberdade, pela paz e pela democracia na África do Sul – é uma excelente referência para a comunicação.  Tem relação direta com a importância de escolher bem a linguagem e o veículo na hora de criar e enviar uma mensagem para o seu público alvo.
Já sabemos que linguagem técnica tem alcance limitado e só interessa às pessoas da própria área. Assim é o "economês", o "medicinês, "juridiquês" e muitos outros dialetos técnicos adorados por profissionais que adoram exibir conhecimento. Na comunicação, todos os dialetos técnicos devem ser deixados de lado, exceto se buscar atingir apenas um grupo específico. Se quiser que a sua mensagem alcance o maior número de pessoas possíveis, use uma linguagem mais acessível.  
Mandela disse que quando uma pessoa compreende o que ouve, a mensagem entra na cabeça dela; mas tem seu coração alcançado quando ouve uma mensagem na sua própria linguagem. O problema a ser solucionado, portanto, quando precisamos elaborar uma mensagem em uma campanha é identificar qual a linguagem própria do público alvo. Como você poderá tocar o coração das pessoas, sejam elas clientes, funcionários, colegas de profissão ou eleitores?
É importante definir qual o seu objetivo. O que você quer “vender”? Por quê? De que forma o seu propósito está alinhado com os desejos do seu público alvo? É essencial, também, saber qual o mecanismo que lhe possibilitará que o público alvo compreenda melhor a sua mensagem e abrace e compre a sua ideia. Afinal, são muitas as ferramentas de comunicação disponíveis, entre elas a infinita web e suas redes sociais.
Na maioria das ferramentas é fundamental usar, na linguagem escrita, mensagens curtas, na ordem direta e pontuação correta. Na linguagem oral, boa dicção aumenta a possibilidade de entendimento. No uso do vídeo ou a fotografia, as imagens devem estar sintonizadas com o anseio do seu público alvo. A imagem pode, e deve, falar por si só. Fuja de filmetes que exigem "doutorado" para serem entendidos. O que conquista é a identificação com a cena, com a mensagem. A emoção atrai e promove a entrega do coração.
Nelson Mandela, que ficou 26 anos preso e quatro anos depois de liberto foi eleito presidente da África do Sul e conseguiu acabar com o apartheid que obrigava os negros a viverem separados dos brancos, soube identificar a linguagem ideal para conquistar a maioria dos corações dos sul africanos.  No caso dele, foi importante já ter estado do outro lado para saber o anseio do seu povo.  Tentar se colocar um pouco no lugar do outro (do seu público alvo), ou no mínimo ouvir o outro através de uma pesquisa, facilitará a identificação da linguagem e da ferramenta ideal para transmitir a sua mensagem. Um exercício que certamente lhe trará excelentes resultados.